O ligamento colateral medial (LCM) é um dos quatro ligamentos que são críticos na estabilização do joelho. É feito de uma estrutura fibrosa que conecta dois ossos, no caso, o fêmur e a tíbia em sua parte interna, e serve para evitar um excesso de movimento ou balanço a fim de preservar as estruturas internas do joelho.
Indicação
- Atletas: estudos demonstram que o tempo de reabilitação e retorno ao esporte pode se prolongar e, ao retornar, o atleta pode ter queixas de instabilidade com consequente comprometimento no rendimento. Um tempo prolongado de afastamento ao esporte pode comprometer ou encerrar sua carreira no esporte.
- Pessoas ativas sintomáticas: esportistas que sentem falseio ou que perderam a confiança na estabilidade do joelho durante o esporte ou atividades rotineiras do dia a dia.
- Outras lesões associadas: uma lesão completa do mesnico medial, cujas queixas cursam com dor e travamento do joelho, ao ser tratada, pode aumentar a instabilidade de uma lesão parcial do LCM. Portanto, para este grupo de pacientes, assim como pacientes que sofreram lesões de outros ligamentos, o tratamento cirúrgico estaria indicado.
Contra-indicações
- Lesões meniscais bloqueando joelho.
- Lesões concomitantes a outros ligamentos do joelho.
Dúvidas frequentes
Pra quê serve o LCM?
O ligamento colateral medial (LCM) possui diversas funções, sendo a principal delas o que chamamos de estabilidade em valgo. Valgo é o nome dado ao movimento onde temos uma torção do joelho, direcionada para dentro (medialmente). Além disso, o ligamento colateral medial também estabiliza e “segura” o movimento de rotação externa da tíbia, em relação ao fêmur. Em termos mais gerais e sem tantos jargões, o ligamento colateral medial é aquele que “segura” o joelho para que ele não seja torcido em excesso para a parte de dentro da perna.
O que causa a lesão do ligamento colateral medial?
O mecanismo de rompimento deste ligamento é com torções do joelho, sendo a mais frequente aquela em que o pé fica fixo ao solo, e ou por desequilíbrio ou por alguma força aplicada na parte lateral do joelho (parte externa),levando o joelho para dentro, no sentido de encostar no outro joelho.
Quais são as escalas de gravidade desse tipo de lesão?
Grau 1: O ligamento é levemente danificado em um entorse . É um estiramento leve;
Grau 2: Referido como uma ruptura parcial do ligamento;
Grau 3: Ruptura completa do ligamento, tornando a articulação do joelho é instável.
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Quais os sintomas da pessoa que rompe o ligamento colateral medial?
No momento da lesão, a pessoa sente dor na face medial do joelho (interna), e geralmente não causa edema dentro da articulação do joelho, apenas na face medial. Nas lesões leves ou parciais, o indivíduo consegue andar e por vezes nem procura auxílio médico. Devido ao poder de cicatrização deste ligamento, após 4 a 6 semanas a dor praticamente desaparece, sem deixar sintomas. Nos casos com maior gravidade, com instabilidade, a pessoa sente que o joelho “entorta para dentro” (deforma em valgo) no momento do apoio da marcha.
Como é feito o diagnóstico?
Como para os outros ligamentos do joelho, são utilizados 3 elementos para o diagnóstico: 1- A história do paciente, com os dados do momento da lesão e os sintomas relatados, conforme acima citados. 2- O exame físico realizado por ortopedista com experiência no tratamento destas lesões, geralmente especialista em cirurgia do joelho. O exame clínico é fundamental, pois é possível sentir a ação do ligamento e graduar quanto de instabilidade está presente, podendo até diferenciar uma lesão parcial de uma lesão total do ligamento. O exame sempre leva em comparação o outro joelho (não lesionado). 3- Exames de imagem: Radiografias, Tomografias e Ultrassonografia pouco ajudam. O exame que auxilia é a Ressonância Magnética. Apesar de ser um excelente exame, muitas vezes deixa dúvida se a lesão é parcial ou total. Por este motivo, é muito importante um bom exame clínico.
Como é o tratamento? Nunca necessita de cirurgia?
O tratamento pode ser cirúrgico ou sem cirurgia, com a realização de fisioterapia. Por se tratar de uma estrutura com ótima capacidade de cicatrização, o tratamento na grande maioria das vezes não necessita de cirurgia. O joelho permanece imobilizado por 4 a 6 semanas em extensão, e após o período de cicatrização, inicia-se a reabilitação com fisioterapia. O tempo de imobilização pode variar conforme o grau da lesão e a opção do médico que está conduzindo. Mesmo os casos mais graves, com instabilidade, pode ser tratado sem cirurgia inicialmente, e após o período de cicatrização, realiza-se novo exame físico para avaliar se ainda há instabilidade. Havendo, o tratamento cirúrgico está indicado. Existem alguns casos que opta-se pelo tratamento cirúrgico antes da tentativa do tratamento com imobilização, porém são pouco frequentes (grandes instabilidades ou desinserção na tíbia com sobreposição da pata de ganso).
Valor da consulta do ortopedista Dr. Gustavo Mascarenhas
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