Reconstrução Ligamentar. Especialista em Joelhos. Ortopedista em Brasília. Dr. Gustavo Mascarenhas
Ligamento Colateral Lateral (LCL)

O ligamento colateral lateral (LCL) encontra-se na parte externa do joelho e faz a ligação entre a fíbula (osso lateral da perna) e o fêmur (osso da coxa). Esse ligamento é responsável por evitar movimentos excessivos em varo (joelho para fora).

Indicação

  • Atletas: estudos demonstram que o tempo de reabilitação e retorno ao esporte pode se prolongar e, ao retornar, o atleta pode ter queixas de instabilidade com consequente comprometimento no rendimento. Um tempo prolongado de afastamento ao esporte pode comprometer ou encerrar sua carreira no esporte.
  • Pessoas ativas sintomáticas: esportistas que sentem falseio ou que perderam a confiança na estabilidade do joelho durante o esporte ou atividades rotineiras do dia a dia.
  • Outras lesões associadas: uma lesão completa do mesnico medial, cujas queixas cursam com dor e travamento do joelho, ao ser tratada, pode aumentar a instabilidade de uma lesão parcial do LCL. Portanto, para este grupo de pacientes, assim como pacientes que sofreram lesões de outros ligamentos, o tratamento cirúrgico estaria indicado.

Contra-indicações

  • Lesões meniscais bloqueando joelho.
  • Lesões concomitantes a outros ligamentos do joelho.

Dúvidas frequentes

Qual é a função do LCL?

A principal função do ligamento colateral lateral (LCL) é de resistir ao estresse varo. Isso ocorre em qualquer movimento que executamos em nosso dia a dia. Quando caminhamos e corremos, por exemplo, no momento em que nosso pé está tocando o solo e nosso peso está passando para frente, existe o que chamamos de “momento varo”. Que é quando existem forças laterais para abrir o joelho. Nesse momento, tanto o ligamento colateral lateral (LCL), quanto o trato iliotibial resistem a estas forças e dão estabilidade dinâmica ao joelho.

O que sente o paciente com lesão do ligamento colateral lateral (LCL)?

Os sintomas no quadro de lesão são de dor, inchaço e instabilidade gerando insegurança até mesmo para andar nos casos mais graves.

Como avaliar a lesão do ligamento colateral lateral (LCL)?

A maioria dos diagnósticos é feita pela avaliação clínica do ortopedista comparando o joelho lesionado com o saudável.  Os exames de imagem a serem solicitados são o raio-X para avaliar uma fratura associada ou avulsão óssea e a ressonância magnética para avaliar o ponto exato onde o ligamento foi lesionado e o grau de comprometimento do mesmo, bem como diagnosticar lesões associadas de menisco, cartilagem ou outros ligamentos.

Qual o tratamento da lesão do ligamento colateral lateral?

O tratamento deve ser individualizado caso a caso após avaliação do ortopedista. O LCM tem um potencial de cicatrização superior ao LCL sendo mais fácil de tratar sem cirurgia. O tratamento de lesões leves e moderadas inclui a aplicação de compressas de gelo na área lesada (sempre protegendo a pele para evitar lesão térmica – “queimadura pelo gelo”) por 15 a 20 minutos de quatro a seis vezes por dia, o uso de órtese (imobilizador ou brace) para proteger o joelho, evitar movimentos arriscados, assim como não colocar o peso sobre a perna com a lesão, utilizando muletas se preciso. A fisioterapia é indicada para amenizar o desconforto, acelerar a cicatrização e providenciar o fortalecimento muscular necessário à reabilitação. Se mesmo após todos esses cuidados a dor persistir por mais de seis semanas, o ortopedista pode optar  pela infiltração para controlar o processo inflamatório.

Nas lesões leves e moderadas, o paciente geralmente retorna à prática esportiva entre seis a oito semanas após início do tratamento.​Nas lesões graves ou associadas a lesões de outros ligamentos, é necessária avaliação individual quanto à necessidade de cirurgia. Apesar do LCM, mesmo nas lesões graves, ainda ter um potencial de cicatrização com o tratamento não cirúrgico, o que não ocorre com o LCL, por vezes, haverá indicação de cirurgia.